Nesta página, reunimos os posicionamentos públicos de vereadores de São Paulo a respeito do uso de bicicletas como meio de transporte na cidade. Trata-se de um monitoramento independente feito pelo [Código Urbano] (http://codigourbano.org) a partir de documentos e informações abertas, incluindo levantamentos baseados no Diário Oficial da Cidade de São Paulo feitos por Kleber Tadashi e compartilhados na lista de discussões da Bicicletada. O espaço tem como objetivo contribuir com o debate para a construção de políticas públicas de mobilidade.
Político | Partido | Posicionamento
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Abou Anni |
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Em discurso na Câmara dos Vereadores em 5 de março de 2015, cuja íntegra está disponível a partir da página 76 da edição de 5 de março do Diário Oficial da Cidade de São Paulo, questionou o custo da instalação de ciclovias em São Paulo, afirmou que pretende investigar a fundo como os recursos estão sendo gastos e disse que conversou com o presidente do Tribunal de Contas sobre o tema.
O vereador se declara "a favor da ciclofaixas e ciclovias", mas na prática tem se posicionado contra a instalação de infraestrutura básica para bicicletas. Em 5 de março de 2015, ele se posicionou contra instalação de ciclovias em frente a comércio de rua em discurso na Câmara dos Vereadores, cuja íntegra está disponível a partir da página 74 da edição de 5 de março do Diário Oficial da Cidade de São Paulo
"(...) O Prefeito, quando acorda, se pergunta: “Para quem vou fazer uma maldade nesta semana, neste mês?” - e começa a investir em algo. Somos todos a favor das ciclofaixas ou das ciclovias. Somos a favor da modalidade. Agora, passar uma ciclofaixa até dentro de banheiros! É triste! O Sr. Prefeito não tem ideia do desserviço que Prefeitura do Município de São Paulo está prestando à Cidade. Pega alguns locais onde há comércio local, mas não é para ajudar o comerciante, não. Os munícipes precisam parar o carro para entrar nas lojas, comprar algo do dia a dia, porque, quando precisam de compras maiores, vão aos shoppings, aos supermercados, que é distante, gastam gasolina, pegam congestionamento. Mas agora se está colocando faixa de bicicleta na frente do pequeno comércio, e as pessoas não podem parar o carro senão serão autuadas com multa no valor de mil reais.
(...)Se o cidadão vai ao boteco é porque, às vezes, vendem parcelado, vendem fiado, essa é a realidade. Ele vai à padaria e não pode parar porque tem lá um riscado de guache. É muita maldade. (...)".
"(...) Não quero me alongar no discurso, mas há também a questão das pistas para bicicletas, das ciclovias. Há gente dizendo que pintaram de vermelho até dentro do banheiro. Dizem que não podem nem atravessar para ir ao banheiro, porque a porta foi pintada de vermelho e existe um risco avisando que vai passar uma bicicleta. Dizem, que quando um carro está estacionado, a pista vermelha passa por cima dele. Essa situação é absurda (...)"
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"Ciclovia é um retrocesso. Em 1900, era trem. A bicicleta é dessa época. Veio carroça, veio trem, depois veio a bicicleta. Eu acho que estamos colocando os ciclistas em perigo nessas avenidas. Não fizemos uma coisa adequada. Jogar no meio dos carros é genocídio. Isso ainda vai acontecer."
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Defendeu a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as ciclovias de São Paulo. Alega ser a favor do ciclismo, mas tem se posicionado reiteradamente contra a implementação de infraestrutura para bicicletas e questiona até mesmo o seu uso como alternativa de transporte, salvo "nas periferias". Em discurso na Câmara dos Vereadores em 5 de março de 2015, cuja íntegra está disponível a partir da página 75 da edição de 5 de março do Diário Oficial da Cidade de São Paulo afirmou o seguinte:
"(...). Afinal, quanto a ser usado como meio de transporte, acredito ser inviável em diversas áreas de São Paulo, diante da topografia. A bicicleta é um veículo individual e não coletivo, portanto vai à contramão da ideia de privilegiar o coletivo sobre o individual. Eu não sou contra as ciclofaixas em si, mas sim contra a forma como vêm sendo oferecidas. Como opção de lazer, nos fins de semana, quando o trânsito na Capital é reduzido e as pessoas têm mais tempo e condições de andar de bicicleta, são de fato extremamente úteis. Também nas periferias elas podem funcionar, aí, sim, como meio de transporte.(...)"
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